CORPOS SINTONIZADOS

HECCEIDADE E DEVIR EM UM CONTO DE GUIMARÃES ROSA

Autores

  • Rodrigo de Menezes Seeduc-RJ/UERJ

DOI:

https://doi.org/10.29327/2128853.2.4-6

Palavras-chave:

Deleuze; Guimarães Rosa; Devir; Hecceidade.

Resumo

Novas transformações nas relações do humano com a Terra exigem, com uma certa urgência, novos modos de pensar o corpo e suas composições. O presente trabalho visa analisar e discorrer a respeito do conceito de hecceidade, tal como desenvolvido por Gilles Deleuze e Félix  Guattari em Mil Platôs: Capitalismo e esquizofrenia 2. Esse conceito tenta dar conta do problema da individuação de um corpo e seus processos. Assim, abre-se um modo inteiramente novo de pensar a relação humano-natureza, sem que isso necessariamente implique reduzir as diferenças ao esquema do mesmo, ou seja, sem o extermínio do outro. Para exemplificar essa questão, foi analisada a estória de Guimarães Rosa intitulada O burrinho pedrês da obra Sagarana, a fim de pontuar um novo modo de pensar a questão do corpo e deixar claro que aprender a se dirigir ao outro não é o que resulta de uma compreensão, mas sim condição de toda e qualquer compreensão real.

Biografia do Autor

Rodrigo de Menezes, Seeduc-RJ/UERJ

Possui graduação em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003), graduação em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2005), mestrado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2005) e doutorado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2020). Atualmente é professor docente i - Secretaria de Estado de Educação e professor substituto do Instituto Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Metafísica, atuando principalmente nos seguintes temas: filosofia, arte, política, metafísica, estética, música, devir-música. ritornelo., fenomenologia, sartre, humanismo e devir; agenciamento; história.

Referências

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Publicado

2024-12-11

Edição

Seção

Cosmologias do múltiplo e formas de vida anticoloniais