POLÍTICAS DE PERIGO

O PARADOXO ENTRE LEMBRANÇA E ESQUECIMENTO E A LITERATURA TESTEMUNHAL COMO POLÍTICA DA MEMÓRIA DO CLANDESTINO

Autores

  • Mariana Carneiro de Barros

DOI:

https://doi.org/10.29327/2128853.2.4-4

Palavras-chave:

memória; política; violência; clandestino

Resumo

Este texto tem como norte refletir o sentido do paradoxo nas políticas públicas e culturais de memória e verdade que aconteceram no Brasil como forma de conceder mais consistência à uma ideia de uma transição para a democracia ou para uma forma de relação política expandida que fosse mais próxima dela. Neste mote, algumas linhas argumentativas apresentadas na tese de doutorado concluído junto ao programa de pós-graduação em Memória Social na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO foram atualizadas com o propósito de suscitar pensamentos críticos no campo da Memória inéditos nesta nova configuração proposta em artigo. Por fim, o texto busca nas categorias inseridas na epistemologia inaugurada pela Memória Política e suas relações com a Teoria Literária, lançar luz sobre o pensamento crítico político advindo dessa forma de conhecimento própria da América Latina.

Biografia do Autor

Mariana Carneiro de Barros

Mulher, mãe, libertária, pesquisadora, escritora, arte-educadora, doutora em memória social, mestre em ciências sociais e jurídicas e tem a graduação no direito. caminha há uns bons 15 anos nos estudos da práxis da filosofia, educação popular em direitos humanos - com ênfase no movimento social de memória, verdade, justiça e reparação - e políticas públicas para a justiça de transição. faz parte do núcleo de memória política da UNIRIO - NUMEP como pesquisadora associada

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Publicado

2024-12-11