A METAMORFOSE COMO MECANISMO DE EMANCIPAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.29327/2128853.2.3-1Palavras-chave:
Metamorfose, Humanidade, Devir, Colonialidade, AnarquismoResumo
Neste artigo, tenho como objetivo pôr em diálogo três obras principais, entrecruzadas também com o referencial teórico da esquizoanálise, dos estudos contra-coloniais e dos estudos libertários. Tais obras são A vegetariana, de Han Kang (2016) e A metamorfose, de Franz Kafka (1997). A fim de analisar a ideia de metamorfose, a compreendo a partir do conceito esquizoanalítico de devir, elucubrando sobre o devir-árvore e o devir-animal, encontrados nas referidas obras literárias. Pensada em consonância ao animismo e ao conceito de devir, a metamorfose se contrapõe à concepção homogênea de humanidade, da qual pretende-se emancipar. Pela revolta contra a humanidade, reflete-se sobre a metamorfose, e sobre os devires, como possibilidades diante da imposição universalista da humanidade, colocado à prova a ideia de que somos todos humanos. A partir disso, cabe questionar: o que significa ser humano? Seria a humanização, a ampliação da categoria de humanidade, a solução para os diversos processos de extermínio da modernidade?
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