PARA MUDAR TUDO, COMECE DE ALGUM LUGAR
O jogo e o rito como subversões da representação
DOI:
https://doi.org/10.29327/2128853.1.1-3Palavras-chave:
Chul-Han, Pierre Clastres, WittgensteinResumo
Partindo das considerações do filósofo Chul Han sobre a perda da dimensão ritual na sociedade atual, bem como da relação desta perda com o modo de vida do capitalismo contemporâneo, apresenta-se comparativamente e complementarmente as observações sobre rituais e jogos feitas por Claude Levi-Strauss; Giorgio Agamben; Ludwig Wittgenstein e Pierre Castres. Por meio deste panorama, vemos que os pensadores sustentam posições distintas, mas todos situam os rituais e os jogos na ruptura com ou na subversão das dualidades bem comportadas da representação, isto é, no rompimento de uma correspondência rigidamente separada entre significados e significantes; fatos e estruturas ou diacronia e sincronia no âmbito da linguagem e da organização social. Desta forma, eles situam também os ritos e jogos no âmbito da constituição e destituição valorativa e significativa do real, estes fundariam sentidos e criariam novas significações. Com isso, acredita-se estabelecer boas pistas para a compreensão do que está envolvido em uma modificação profunda do mundo.
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