Chamada para artigos: Violências e autodefesas
Vivemos em um mundo perpassado por várias violências: coloniais; raciais; das relações ambientais extrativistas; das relações exploratórias de trabalho; das relações de dominação e imposição de gênero. Tais violências se interseccionam e se sobrepõem inegavelmente constituindo as nossas subjetividades. Elas também possuem múltiplas dimensões, desde a violência física e direta, talvez mais óbvia, até violências econômicas; simbólicas; psicológicas; epistêmicas e gramaticais. Mas, afinal, em que consistem tais violências? Quais suas condições de possibilidade ou seus fundamentos ontológicos? As diversas violências seriam dimensões irredutíveis das relações sociais; semânticas e, portanto, existenciais? Ou seriam próprias de um modo de vida particular e historicamente situado, que também poderia, assim, cessar? Talvez trate-se de perguntar ainda antes: o que é visto e, portanto, significado como violência e o que pode ser considerado como direito de defesa? Quais as relações entre racismo de estado e monopólio da violência legítima? Quais autodefesas são possíveis, se são possíveis, para os corpos destituídos de direitos? O próximo número da Revista Tapuia é um convite para nos debruçarmos sobre estas e outras questões envolvidas nas complexas relações entre violência e autodefesa. Esperamos receber artigos; resenhas; ensaios e traduções que possam contribuir para estas reflexões no âmbito da literatura; da história; da filosofia; das artes e das ciências sociais em geral.
Prazo de envio: 11/05/2025
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