Revista Tapuia https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista <p align="left"><span style="font-family: Noto Sans, sans-serif;"><span style="font-size: small;">A Revista Tapuia se pretende uma publicação voltada aos estudos libertários; filosofias para além do modelo ocidental e o pensamento anti-sistêmico. Trata-se, antes de tudo, de uma produção transdisciplinar, que reúne pesquisadores de diversas áreas, e que pretende romper com os modelos engessados das disciplinas acadêmicas,<span style="color: #000000;"> </span>envolvendo e dialogando arte, política, literatura, filosofia e reflexões sobre a linguagem; movimentos sociais<span style="color: #000000;"> </span>e a atualidade. Aceitamos trabalhos que dialoguem com os seguintes temas: organizações horizontais; filosofia política anarquista; materialismo linguistico; pensamento decolonial; construtivismo em suas múltiplas formas; estruturalismo e pós-estruturalismo. O requisito mais fundamental é que os autores prezem por uma atitude filosófico-política de enfrentamento nas questões atuais, no campo da ética e da ação-reflexão política. Recebemos artigos em fluxo contínuo.</span></span></p> pt-BR <h1><sub>Licença e Copyright</sub></h1> <h2><sub>Licença</sub></h2> <h2><sub>Os trabalhos publicados estão sob uma licença:</sub><strong><sub> [CC.BY-NC.ND] da </sub></strong><sub><a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/"><strong>Creative Commons Attribution 4.0 International L</strong>icense</a>.</sub><br /><br /></h2> <p><strong>Copyright</strong></p> <ul> <li>O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista.</li> <li>O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s).</li> <li>A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).</li> <li>É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigos às normas da publicação (Sem alterar, fundamentalmente, o conteúdo do texto).</li> </ul> <p>Os Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p> <ol> <li>Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons Attribution License</a>, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.</li> <li>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.</li> </ol> revistatapuia@gmail.com (Revista Tapuia) wilsongomes@revistatapuia.com.br (Wilson Gomes) Thu, 31 Jul 2025 17:49:57 +0000 OJS 3.3.0.13 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Editorial https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/99 <p>Aqui você encontra o editorial do volume&nbsp;</p> Revista Tapuia (Autor) Copyright (c) 2025 Revista Tapuia (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/99 Thu, 31 Jul 2025 00:00:00 +0000 Sumário https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/100 <p>Aqui você encontra o sumário da edição</p> Revista Tapuia (Autor) Copyright (c) 2025 revista Tapuia (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/100 Thu, 31 Jul 2025 00:00:00 +0000 Entre Máscaras e Verdades: https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/91 <p>O presente artigo analisa a trajetória do bloco carnavalesco paulistano Cordão da Mentira, surgido em 2012, como manifestação de resistência política e cultural frente à continuidade das violências de Estado no Brasil contemporâneo. A partir de uma abordagem interdisciplinar, que articula referências da filosofia (Bakhtin, Arendt, Benjamin, Foucault, Krenak), da história e da crítica social, investiga-se o carnaval como espaço de subversão e memória. O estudo adota metodologia qualitativa baseada em análise documental, registros audiovisuais e depoimentos de militantes e participantes. O Cordão da Mentira é examinado como um dispositivo performático que utiliza o riso, a paródia e a ironia para denunciar o autoritarismo, o racismo estrutural e o genocídio da população negra e periférica, além de levantar críticas ao capitalismo individualista e à necropolítica contemporânea. O artigo demonstra como o bloco transforma as ruas de São Paulo em palco de confronto simbólico, onde a alegria carnavalesca é instrumento de pedagogia insurgente e de enfrentamento das narrativas oficiais do Estado. A cada ano, o Cordão atualiza suas denúncias, relacionando o passado ditatorial à atual fragilidade democrática, e expandindo sua crítica a contextos globais, como o genocídio palestino e a destruição ambiental. Conclui-se que o Cordão é mais do que manifestação cultural: é um ensaio político-poético de rua, uma prática coletiva de memória e uma potente estratégia de resistência contra o esquecimento e a barbárie institucional.</p> Aline Oliveira Morais, Flaviano Adolfo de Oliveira Santos (Autor) Copyright (c) 2025 Aline Oliveira Morais, Flaviano Adolfo de Oliveira Santos (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/91 Thu, 31 Jul 2025 00:00:00 +0000 Uma filosofia por vir https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/20 <p>Este artigo é a tentativa de conversão de uma apresentação, que foi feita para ser falada, em um texto feito para ser escrito. Entre os diversos objetivos dessa exposição, o principal deles consiste em enunciar um novo cenário para o ofício filosófico e suas filosofias correspondentes, desacorrentando-se de certas tendências petrificadas e engessadas da produção filosófica, de tal modo que seja provocada uma demolição em determinadas estruturas enrijecidas. Os procedimentos analíticos empregados procedem por meio de um recolocar da questão: qual a significação do Mundo, do Humano e da Filosofia, sob a perspectiva da Contingência e da Violência e, sobretudo, de que modo essas questões estão relacionadas. O que concluí decorre de alguns fatos: que precisamos destruir um certo mundo, pulverizar o modelo do humano e proliferar maneiras distintas do filosofar. Haverá pequenas diferenças entre minha apresentação oral e minha exposição escrita, resultantes de algumas amputações no texto, ao mesmo tempo em que também houveram certos acréscimos inéditos.&nbsp;</p> José Nicomedes (Autor) Copyright (c) 2025 josé nicomedes (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/20 Thu, 31 Jul 2025 00:00:00 +0000 A ANTROPOFAGIA https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/33 <p>Neste trabalho busca-se voltar ao Manifesto Antropófago para mapear a sua relevância na construção de uma brasilidade plural por meio da primeira fase do movimento modernista, segundo uma abordagem epistêmica entre o nosso e a alteridade. Teria a antropofagia apenas um caráter estético ou pode-se pensar nela como um processo de descolonização do conhecimento? Se sim, qual seria a importância nos dias atuais de repensar o canibalismo não somente a partir do campo artístico-literário, mas sob uma óptica filosófica-política-antropológica? Na tentativa de responder a estas questões, faz-se necessário traçar um caminho que possa transitar por territórios de saberes tão distintos quanto os citados acima. O ponto de partida é a representação da figura do canibal no ensaio de Montaigne e na sua contraposição com os relatos de Hans Staden a fim de evidenciar a abertura de representação que o primeiro possibilita ao olhar para o selvagem — ressignificando tal noção. É esta abertura que permitirá, séculos depois, que o movimento antropofágico faça uso do canibalismo como peça-central no processo de apreensão do outro. Assim, tentou-se buscar também respostas à questão do canibalismo a partir da perspectiva pós-estrutural de Viveiros de Castro, na qual a relação entre semelhante e dessemelhante se faz presente. Mas é a partir do trabalho de Suely Rolnik que o movimento antropofágico pode ser interpretado segundo uma problemática micropolítica dos modos de subjetivação frente à relação com o outro e seu lugar. Seguindo este traçado, buscou-se criar contornos possíveis dos campos de saberes nos quais a antropofagia pode ser compreendida, não mais de maneira unilateral, mas, sim, de acordo com os pontos de intersecção entre tais conhecimentos. Se a antropofagia pressupõe a relação de um sujeito antropófago com um outro-nutriente é, assim, passível de ter seu contorno epistêmico também traçado.</p> Leo Ciaccio (Autor) Copyright (c) 2025 Leo Ciaccio (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/33 Thu, 31 Jul 2025 00:00:00 +0000 RELAÇÕES DE PODER, VIOLÊNCIAS E FORMAS DE RESISTÊNCIAS NO MARANHÃO OITOCENTISTA https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/95 <p>Este artigo tem como objetivo perceber as relações de poder e as formas de resistências no Maranhão do século XIX. Propõe trazer nesta pesquisa personagens da história que por muito tempo foram silenciados na pesquisa histórica. No caso maranhense, uma província altamente hierarquizada, onde sua população era majoritariamente composta por sujeitos subalternizados, muitos conflitos acabavam ocorrendo entre estes e as forças públicas/policiais, responsáveis nessa época por manter a segurança e o controle social onde fosse necessário. Dessa forma, mediante a leitura de documentos oficiais como os Relatórios de Presidente de Província, cruzados com as representações dos subalternos feitas na imprensa maranhense oitocentista, nos deparamos com uma realidade dura e cruel imposta a eles. Trazemos como o tratamento violento era naturalizado, logo, os ataques e repressões eram legalizados, uma forma de mantê-los presos ao sistema de escravidão vigente, no caso da população negra, e de manter as populações indígenas submissas e “fora” de áreas privadas, sem trazer danos às propriedades.</p> Natália Gomes de Andrade Silva, Leticia Thalia Sousa de Souza (Autor) Copyright (c) 2025 Natália Gomes de Andrade Silva, Leticia Thalia Sousa de Souza (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/95 Thu, 31 Jul 2025 00:00:00 +0000 ANALIZANDO A TERATOLOGIA https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/53 <p>Tomando como ponto de partida a comparação feita pela feminista radical trans-excludente Mary Daly entre o monstro de Frankenstein e mulheres transexuais, o objetivo principal do presente trabalho é acompanhar a apropriação positiva da figura do monstro pelo transfeminismo e também, posteriormente, pela teoria queer. Para tanto, foram privilegiadas visões femininas e queer da monstruosidade presentes tanto na filosofia quanto na literatura. Elas contrastam com a visão científica exposta em manuais de teratologia, que também são aqui analisadas com o intuito de estabelecer uma teratologia diferente daquela reconhecida pela história da ciência heterossexual fundamentada na diferença sexual. Tanto essa produção de conhecimento marginal quanto a apropriação da monstruosidade por dissidentes de gênero revelam-se modos de exercer o que Paul Preciado chama de ciência do ânus. Assim, analizar a teratologia tem tanto o sentido de analisar quanto o de torna-la anal, isto é, transforma-la em um tipo de ciência do ânus.</p> Nicolau Henrique Batista (Autor) Copyright (c) 2025 Nicolau Henrique Batista (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/53 Thu, 31 Jul 2025 00:00:00 +0000