Revista Tapuia https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista <p align="left"><span style="font-family: Noto Sans, sans-serif;"><span style="font-size: small;">A Revista Tapuia se pretende uma publicação voltada aos estudos libertários; filosofias para além do modelo ocidental e o pensamento anti-sistêmico. Trata-se, antes de tudo, de uma produção transdisciplinar, que reúne pesquisadores de diversas áreas, e que pretende romper com os modelos engessados das disciplinas acadêmicas,<span style="color: #000000;"> </span>envolvendo e dialogando arte, política, literatura, filosofia e reflexões sobre a linguagem; movimentos sociais<span style="color: #000000;"> </span>e a atualidade. Aceitamos trabalhos que dialoguem com os seguintes temas: organizações horizontais; filosofia política anarquista; materialismo linguistico; pensamento decolonial; construtivismo em suas múltiplas formas; estruturalismo e pós-estruturalismo. O requisito mais fundamental é que os autores prezem por uma atitude filosófico-política de enfrentamento nas questões atuais, no campo da ética e da ação-reflexão política. Recebemos artigos em fluxo contínuo.</span></span></p> UERJ pt-BR Revista Tapuia 2965-0305 <h1><sub>Licença e Copyright</sub></h1> <h2><sub>Licença</sub></h2> <h2><sub>Os trabalhos publicados estão sob uma licença:</sub><strong><sub> [CC.BY-NC.ND] da </sub></strong><sub><a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/"><strong>Creative Commons Attribution 4.0 International L</strong>icense</a>.</sub><br /><br /></h2> <p><strong>Copyright</strong></p> <ul> <li>O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista.</li> <li>O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s).</li> <li>A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).</li> <li>É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigos às normas da publicação (Sem alterar, fundamentalmente, o conteúdo do texto).</li> </ul> <p>Os Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p> <ol> <li>Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons Attribution License</a>, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.</li> <li>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.</li> </ol> DESACORDO PROFUNDO, IGNORÂNCIA ATIVA E ATIVISMO EPISTÊMICO https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/82 <p>Este artigo explora o desacordo decorrente da ignorância ativa como um tipo de desacordo profundo. Recupera-se a noção de “desacordo profundo” de Fogelin, que advertiu sobre os limites da argumentação para construir consensos e dissipar os desacordos profundos, e argumenta-se que eles podem ser resolvidos racionalmente. A partir da análise de um desacordo que tem implicações práticas e envolve sujeitos situados assimetricamente em uma teia de relações de poder, conclui-se que os desacordos decorrentes da ignorância não são imunes à resolução racional. As práticas de “ativismo epistêmico” (Medina, 2019) contam como mecanismos racionais e razoáveis de resolução de desacordos profundos derivados da ignorância ativa.</p> Blas Radi [Tradutores: Camila Jourdan, Cello Pfeil] Copyright (c) 2024 Blas Radi (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-3 POR UM ENSINO DE GEOGRAFIA DECOLONIAL E ANTIRRACISTA https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/45 <p><span style="font-weight: 400;">Frente a um sistema educacional que promove a cultura dominante e apresenta apenas uma perspectiva eurocêntrica do mundo, perpetuando traços de preconceito racial em relação à população negra brasileira, a promulgação da lei 10.639/2003 emerge como um instrumento de combate ao racismo por intermédio da educação. Esta legislação torna obrigatório o ensino da </span><em><span style="font-weight: 400;">história e cultura afro-brasileira</span></em><span style="font-weight: 400;"> nas escolas, possibilitando destacar a relevância da África na formação da sociedade brasileira. Assim, a lei visa a quebra da narrativa hegemônica, fomentando a valorização da diversidade étnica e cultural do país, e contribuindo para uma educação mais inclusiva e antirracista. Nesse contexto, objetivamos neste trabalho analisar as possibilidades de um ensino de Geografia com bases decoloniais e antirracistas, através de um estudo pautado na revisão da literatura. A partir do arcabouço estabelecido pela Lei 10.639/2003, a educação geográfica pode adotar uma abordagem mais inclusiva e crítica. Isso implica não apenas incorporar a história e as contribuições dos povos afrodescendentes, mas também valorizar epistemologias e perspectivas negras historicamente marginalizadas. Além disso, uma educação geográfica antirracista deve abordar ativamente as dinâmicas de poder e a discriminação racial nos espaços urbanos, incentivando os alunos a analisar criticamente como o racismo molda as desigualdades socioespaciais e os processos de segregação. É importante destacar que a integração de temas afro-brasileiros e africanos deve ser parte integrante do currículo, exigindo formação de professores e apoio institucional para garantir uma implementação eficaz. Torna-se evidente que o ensino de Geografia pode desempenhar um papel fundamental na construção de uma sociedade brasileira que reconheça e valorize a presença e contribuição da população negra desde a diáspora africana.</span></p> Luiz Gustavo Borges do Rosario Marcyo do Espírito Santo Balthazar Davi Lobo da Silva Alves Tomé Copyright (c) 2024 Luiz Gustavo Borges do Rosario, Marcyo do Espírito Santo Balthazar, Davi Lobo da Silva Alves Tomé (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-5 POLÍTICAS DE PERIGO https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/64 <p>Este texto tem como norte refletir o sentido do paradoxo nas políticas públicas e culturais de memória e verdade que aconteceram no Brasil como forma de conceder mais consistência à uma ideia de uma transição para a democracia ou para uma forma de relação política expandida que fosse mais próxima dela. Neste mote, algumas linhas argumentativas apresentadas na tese de doutorado concluído junto ao programa de pós-graduação em Memória Social na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO foram atualizadas com o propósito de suscitar pensamentos críticos no campo da Memória inéditos nesta nova configuração proposta em artigo. Por fim, o texto busca nas categorias inseridas na epistemologia inaugurada pela Memória Política e suas relações com a Teoria Literária, lançar luz sobre o pensamento crítico político advindo dessa forma de conhecimento própria da América Latina.</p> Mariana Carneiro de Barros Copyright (c) 2024 Mariana Carneiro de Barros (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-4 A TEMPORALIDADE DO XIRÊ DO CANDOMBLÉ NO ‘O GRITO' https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/57 <p>Este estudo busca realizar uma leitura da obra plástica ‘O grito’ de Sidney Amaral por meio da temporalidade do xirê do Candomblé. A metodologia uniu investigação bibliográfica, em consonância com uma leitura investigativa do ritual de Candomblé. A temporalidade é entendida como elemento fundamental para principiar uma leitura e presentificação da arte, sendo interpretado como uma tecnologia ancestral africana. Para tanto, utilizou-se a proposta analítica do tempo espiralar, de Leda Maria Martins. O ideograma adinkra Sankofa do povo Akan com sua recuperação do passado para compreender o presente. E a teorização da leitura antropológica das obras de artes de Geoges Didi-Huberman. O que resultou em uma leitura perspectivada na afrocentricidade, mas que referencia a vivência e os saberes em diáspora, portanto, uma postura decolonial.</p> Robson Gomes de Brito Paula Anunciação Copyright (c) 2024 Robson Gomes de Brito, Paula Anunciação (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-1 “VAI BUSCAR QUEM MORA LONGE” https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/81 <p>Sempre quis ser escritor. Escrever é o que me motiva e me encanta, desde garoto. Escrevo porque sou encantado pelas palavras que leio e finjo sempre acreditar que só sou capaz de corresponder ao encanto na escrita, seja em um texto acadêmico, seja em uma demonstração pública de afeto, como essa que faço aqui, seja em uma letra de música, o que hoje em dia Luiz Antonio Simas me fez acreditar que sou capaz<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a>. E talvez este texto quisesse ser isso tudo: artigo, carta de amor, música... Enfim, um sonho.</p> <p>&nbsp;</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> Refiro-me aqui ao projeto Fundanga, no momento da escrita do texto ainda desnorteado e sem proposta concreta, mas que, entre 2023 e 2024 acabou formando o EP Fundanga, com melodias de Simas e letras minhas e com cantores convidados para interpretarem as canções. Disponível em: Spotify®: <a href="https://open.spotify.com/intl-pt/artist/75Btx1eRntgTreYhehqyNK?si=8PxLND21QdyaLbg-58To1g">https://open.spotify.com/intl-pt/artist/75Btx1eRntgTreYhehqyNK?si=8PxLND21QdyaLbg-58To1g</a>; no Youtube®: <a href="https://www.youtube.com/@Fundanga">https://www.youtube.com/@Fundanga</a>. Acesso em: 16 nov. 2024.</p> Rafael Haddock-Lobo Copyright (c) 2024 Rafael Haddock-Lobo (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-2 A ANARQUIA É A REVOLTA CONTRA AS BASES DA FILOSOFIA POLÍTICA MODERNA https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/79 <p class="western" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Este ensaio reúne algumas anotações dispersas da relação sobre a anarquia como um ataque mortal às bases da filosofia política moderna. As lutas libertárias contemporâneas no campo das formas de existência como </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>cultura libertária</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"> não se fazem submetidas a uma teleologia que aponta para uma esperança futura, mas como forma de se inserir na série finita da vida. A revolta e a insubmissão, como manifestações da ação direta, sempre abrem brechas para a transformação da existência sem, no entanto, garantirem nada além da quebra da série de servidão na qual está a vida moderna. Nesse sentido, não se trata de ser contra ou a favor da ciência política e/ou das diversas formas de saber (científicos ou não), mas de sempre se perguntar se tal ou qual forma de conhecimento aumenta e ou diminui a potência da vida livre.</span></span></p> Acácio Augusto Copyright (c) 2024 Acácio Augusto (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-14 COSMOLOGIAS DO MÚLTIPLO E FORMAS DE VIDA ANTICOLONIAIS https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/76 <p>Este texto é uma adaptação da apresentação oral <em>Cosmologias do múltiplo e formas de vida anticoloniais</em>, realizada por ocasião do <em>I Encontro do Laboratório Meteoro e da Revista Tapuia</em>, ocorrido em junho de 2024, na UERJ. Nesta fala, procurei traçar paralelos entre a cosmovisão contracolonial proposta por Nego Bispo e os princípios antropológicos utilizados por David Graeber para recusar o caráter fundamental da <em>troca</em> nas relações sociais. Com isso, acredito estabelecer elementos fundamentais da recusa ao eurocentrismo, bem como avançar nas análises dos limites da representação, historicamente e colonialmente, tomada enquanto fundamento ao mesmo tempo da linguagem e da sociabilidade. A fala original se encontra em: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=zRb2nw8KsPc">https://www.youtube.com/watch?v=zRb2nw8KsPc</a> (Trechos transcritos: 1:41:04 – 2:08:59 / 2:28:40 – 2:29:00 / 2:48:00 – 2:52:35) Toda a fala oral encontra-se aqui reproduzida, embora alguns trechos tenham sido modificados para facilitar a compreensão e algumas explicações e referências tenham sido acrescidas à versão final aqui apresentada. Agradeço especialmente a Cello Pfeil, pelo trabalho de transcrição da fala aqui adaptada e a Jorge Vasconcellos, pelo envio de uma referência adicionada tardiamente a esta versão.</p> Camila Jourdan Copyright (c) 2024 Camila Jourdan (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-13 TRANS-ANARQUIA https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/69 <p>Neste artigo, me dedico a escrever sobre <em>trans-anarquismo</em> para tratar, sem nenhuma ambição de completude, de seu âmbito organizacional e anti-assimilacionista, e de seu âmbito corporificado, materializado no corpo e naquilo que temos ao nosso alcance. Desde a invenção da categoria diagnóstica ‘transexualidade’ durante a segunda metade do século XX, o autoritarismo científico interpela as reivindicações por autodeterminação e autogoverno. Esse autoritarismo captura as possibilidades de transgredir a norma, estabelecendo os critérios das ‘incongruências de gênero’. Assim, a produção do antagonismo ‘trans’ se configura como uma expressão de Outridade, como pensado por Grada Kilomba, em detrimento da qual se constitui o Eu moderno. Por esse eixo de tensão, a crítica trans-anarquista traz uma proposição que se aproxima do que Newman entende como pós-anarquismo: ao constranger o assimilacionismo de movimentos trans e recusar toda pretensão de essencialismo, propõe, como pensado por Shuli Branson, que o anarquismo <em>transicione</em>, e traz o fator da prefiguração como basal para a criação de outros mundos, para a defesa de outros modos de vida. Nesse sentido, penso que a linguagem e o corpo podem ser tomados como mecanismos de autodefesa propriamente dita, como pensado por Elsa Dorlin, e de prefiguração, no sentido de que a imaginação radical de outras formas de vida abarca a destruição do mundo tal como o conhecemos. Para cumprir com as exigências metodológicas desse resumo, temos que: os objetivos desse estudo se sintetizam em uma apresentação de trans-anarquismo[s], em diálogo com outras perspectivas [pós-anarquismo, crítica à modernidade/colonialidade e à psicanálise, um pouco de pensamento decolonial]; adoto, como procedimento básico, revisão de literatura e discussão bibliográfica.</p> Cello Latini Pfeil Copyright (c) 2024 Cello Latini Pfeil (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-12 UM PENSAMENTO QUE INCOMODE COMO ANDAR NA CHUVA https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/74 <p>O artigo apresenta uma leitura da poesia de Alberto Caieiro, heterônimo do escritor português Fernando Pessoa, estabelecendo algumas relações entre aquilo que Caieiro chama de um pensar-sentir, sem exterioridade, e alguns elementos da mística. O misticismo de que nos fala Caieiro surge de um dar-se conta de que as coisas não são susceptíveis de interpretação, e que o real, quando despido de nossas conjecturas sobre o mesmo, é incognoscível. A conclusão a que o artigo chega é que seja necessária uma “aprendizagem de desaprender” para se construir novas estratégias de pensamento que nos cure dessa doença antropomórfica que vê no mundo apenas um retrato de si mesmo, e a poesia pode nos oferecer um permanente pôr-se e dispor-se do real que o problematize enquanto referente imóvel para nossa linguagem e produção de saberes.</p> Cleide Maria de Oliveira Copyright (c) 2024 Cleide Oliva (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-11 DISPUTAR O UNIVERSAL? OU NÃO? https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/78 <p>Esse artigo problematiza os usos do conceito filosófico “universal” e sua base epistêmica na cultura ocidental. Essa problematização conduzirá ao “diversal”, uma proposta interpretativa desse mesmo conceito, mas que nasce numa outra experiência cultural, uma experiência afirmativa nela mesma, mas que para se exprimir diante da conjuntura de dominação que ainda se impõe hegemonicamente se autodeclara: contracolonialista.</p> Izabela Bocayuva Copyright (c) 2024 Izabela Bocayuva (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-10 UNIVERSALISMO DECOLONIAL https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/73 <p>É o universalismo um conceito unívoco, sempre fator de submissão e dominação do múltiplo pelo um? Ou é um conceito plurívoco, cuja polissemia deve ser destrinchada em favor da libertação das unidades recalcadas? Tem como a filosofia não aspirar à universalidade? Não seria o combate ao pseudo-universalismo eurocêntrico a reclamação velada de um genuíno universalismo que congregue a unidade da espécie humana (e do ser vivo e do ente terráqueo e cósmico) na superação das clivagens dicotômicas e excludentes?</p> Luís Felipe Bellintani Ribeiro Copyright (c) 2024 Luís Felipe Bellintani Ribeiro (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-9 ENSAIO SOBRE AS NARRATIVAS DA IDENTIDADE NACIONAL https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/72 <p>Neste texto analiso em três momentos da história recente do Brasil como a ideia de identidade nacional assume nova identidade, por assim dizer, a cada nova época. Identidade essa que não se fixa, mas se altera de acordo com interesses políticos e jogos simbólicos de representação de uma certa brasilidade. Analiso momentos da cultura nacional com foco em algumas canções de grande expressão popular e na sua produção do sentido de ser brasileiro.</p> peter franco Copyright (c) 2024 peter franco (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-8 O CORPO E O AFETO AINDA SÃO HETEROSSEXUAIS? https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/71 <p>Este estudo em <em>rastros </em>trata-se das minhas afetações pelos caminhos de pesquisa os quais percorri durante o mestrado, e que se desfazem em <em>descontrução</em> pelos espaços múltiplos de pesquisa-afeto desta universidade. Com este artigo, pretendo sugerir a produção da heterodivisão corporal e da monocultura dos afetos como <em>produto e efeito</em> de investimento das redes de saber-poder coloniais, isto é, em performance contínua. Diante desta impossibilidade do corpo e da afetação serem algo em si mesmos, sugiro que através de rituais cotidianos que performam uma <em>natureza pura</em> em oposição aos desvios e anomalias, pretende-se assegurar a falsa ideia de <em>natureza</em> sexual e<em> natureza</em> afetiva, onde a contraposição dualista entre <em>natureza</em> e cultura serviu, e serve, à invasão colonial e à colonização como um investimento político público. A tecnologia da diferenciação sexual como um investimento incitado-produzido, serve tanto para naturalizar seu sistema de dominação e suas técnicas quanto para tornar desejável seus processos de violência. Para este percurso desnaturalizante, conto com as contra-espitemologias<em> queer</em> de Judith Butler e Paul Preciado, apostando na análise da diferenciação sexual como um projeto heterocolonial, desembocando na rasura de contrato com o corpo heterodivido. Diante da coerência interna que o sistema sexo-gênero deseja, caminharemos, em uma última parte, com o pensamento de Geni Núñez acerca da monocultura dos afetos atrelada à colonização, como ao desejo por uma unidade governável em detrimento da multiplicidade afetiva. No estudo de ambas estas pessoas autoras, a heterossexualidade é sugerida como um sistema compulsório e colonial que precisa ser desnaturalizado e esmiuçado. Assim, recorro a pergunta título deste estudo: os usos políticos da categoria natureza castram o múltiplo? O corpo e o afeto ainda são heterossexuais?</p> Richard Roseno Copyright (c) 2024 Richard Roseno (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-7 CORPOS SINTONIZADOS https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/75 <p><span style="font-weight: 400;">Novas transformações nas relações do humano com a Terra exigem, com uma certa urgência, novos modos de pensar o corpo e suas composições. O presente trabalho visa analisar e discorrer a respeito do conceito de hecceidade, tal como desenvolvido por Gilles Deleuze e Félix&nbsp; Guattari em </span><em><span style="font-weight: 400;">Mil Platôs: Capitalismo e esquizofrenia 2</span></em><span style="font-weight: 400;">. Esse conceito tenta dar conta do problema da individuação de um corpo e seus processos. Assim, abre-se um modo inteiramente novo de pensar a relação humano-natureza, sem que isso necessariamente implique reduzir as diferenças ao esquema do mesmo, ou seja, sem o extermínio do outro. Para exemplificar essa questão, foi analisada a estória de Guimarães Rosa intitulada </span><em><span style="font-weight: 400;">O burrinho pedrês</span></em><span style="font-weight: 400;"> da obra </span><em><span style="font-weight: 400;">Sagaran</span></em><span style="font-weight: 400;">a, a fim de pontuar um novo modo de pensar a questão do corpo e deixar claro que aprender a se dirigir ao outro não é o que resulta de uma compreensão, mas sim condição de toda e qualquer compreensão real.</span></p> Rodrigo de Menezes Copyright (c) 2024 Rodrigo de Menezes (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4 10.29327/2128853.2.4-6 COSMOLOGIAS DO MÚLTIPLO E FORMAS DE VIDA ANTICOLONIAIS https://revistatapuia.com.br/ojs/index.php/revista/article/view/80 <p>Editorial da edição v. 2, n. 4, Cosmologias do múltiplo e formas de vida anticoloniais, da revista Tapuia.</p> Copyright (c) 2024 Cello Pfeil https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-11 2024-12-11 2 4